sexta-feira, 29 de junho de 2012

Como Evitar Lesões



Vai aqui algumas observações para se evitar LER e DORT (Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteo -Muscular Relacionado ao Trabalho).
Se quando estiver praticando algum estudo, música, concerto  no violino ou digitando ou fazendo qualquer outro trabalho repetitivo e sentir alguma dor, PARE IMEDIATAMENTE. Tem alguma coisa errada. Seja sempre honesto com seu Professor. Se tiver e-mail ou telefone ou sinal de fumaça, se comunique com ele explicando o que está acontecendo. É preferível, estudar pouco (SEM DOR) em uma semana, do que chegar lesionado para a próxima aula. 



Violinistas são notoriamente ruins em duas coisas: sentar corretamente e desconhecer seus limites. Cansamos de ouvir histórias sobre praticantes (músicos e esportistas) que o fazem por 6, 8, 10, ..., horas, sem intervalos ou reidratação, prática pura. Mito ou verdade? O fato é que, agora falando sobre a Prática do Músico, se praticar em demasia, sem os devidos descansos, poderá seriamente ferir-se antes mesmo de participar de uma orquestra. Este texto traz alguns pontos para evitar ferimentos.


1. Alongamento -  Não são somente atletas que precisam se alongar antes de praticarem seus esportes devido a prática corporal envolvida, ou seja, prática de corpo inteiro. Digamos, como exemplo, natação e tênis. Ao se preocupar especificamente com os braços, antebraços, punho e mãos e alongar por alguns minutos antes de cada prática, o(a) Violinista, pode obter resultados melhores e uma possibilidade mínima de problemas.
Por favor, preste a atenção nas informações que pode encontrar na Internet. Eu particularmente, consultei os Professores da Escola de Música Villa-Lobos RJ neste assunto.



2. Sentar-se em linha reta - coluna encaixada. Cada pessoa tem esse conhecimento, porém, poucas seguem. Principalmente quando se trata de estudar sozinho. Os Violinistas tem que criar sua boa postura automaticamente, sentando-se no meio ou na borda da cadeira e mantendo suas costas eretas. Não podemos inclinar ou relaxar, criando uma postura errada. Mantenha as pés em ângulo de aproximadamente 90º, ou seja, a perna direita vai ficar ligeiramente deslocada. Enquanto escrevo aqui, percebo o quanto estou desequilibrado e todo torto. Preciso prestar mais atenção nisso.


3. Use uma Espaleira - Alguns Violinistas preferem não usar uma porque eles não querem arranhar seus instrumentos ou porque acham-na demasiado volumosa. Hoje, o mercado traz modelos os mais variados possíveis e é praticamente impossível não encontrar uma que se adeque ao seu biotipo. Existe inclusive a possibilidade de criar uma Espaleira a partir de uma esponja. O fato é que a parte da coluna acima do ombro, a cervical, pode com a má postura causar Lordose.

4. Punho direito relaxado -  Não importa o quão difícil possa ser uma passagem da música, devemos tocá-la com o punho relaxado em combinação com o movimento de antebraço. E aqui vai uma sugestão, se movimentar seu cotovelo direito acima do pulso, tencionará a mão, causando desequilíbrio e dor no punho. Pratique mover seus punho e antebraço sem que o braço se mova. Outro exercício é com o Violino empunhado, colocar a mão esquerda no final do braço direito, parando qualquer movimento que uma arcada em corda solta, poderia fazer com que o cotovelo subisse do lugar.


5. Pressão do Arco - Vou fazer um desvio aqui. Pergunto eu, qual a pressão necessária para que friccione a corda e não saia som? E um mínimo de som? Qual a pressão máxima que consegue aplicar na corda sem que sinta que está forçando em demasia o conjunto, corda, arco, antebraço, punho e mão direita? Em que ponto da pressão aplicada se sente confortável? Uma pressão em demasia incentiva a tensão do pulso, podendo gerar dor nos dedos e no cotovelo. A quantidade de pressão exata é algo pessoal e intransferível.  Converse com seu Professor para maiores detalhes. Sem a presença física, jamais poderia dizer a qualquer um se está fraco, no ponto ou em excesso.

6. Encaixe perfeito do Violino no Pescoço e Ombro - Lembre-se que o instrumento está  sendo sustentado inteiramente pela força entre seu queixo e o ombro. Então, não há nenhuma razão para tentar prendê-lo com a garganta, levantando o ombro ou forçando a cabeça a deitar sobre a queixeira. Se não consegue, ainda, encaixar o Violino com naturalidade e relaxamento, sem que o segure com a mão esquerda, comece a praticar essa "empunhadura". A mão esquerda tem que ficar completamente dedicada a comprimir as cordas no Espelho. A ação dos dedos nas cordas será compensado com o polegar fazendo o "outro lado da pinça". Se dominar a técnica de empunhar o Violino confortavelmente e estiver usando como apoio o polegar esquerdo, não terá nenhum problema na 1ª Posição. Daí para a cima e que vai ficar complicado. Lembre-se que, cada parte do corpo tem sua função e sobrecarregando uma, talvez a princípio facilite. No decorrer do tempo, provavelmente será mais um vício a ser corrigido. Não esqueça, mão esquerda, 100% livre na execução de qualquer movimento.


7. Toque com a partitura ao nível do olho. Alguns Violinistas preferem olhar para baixo enquanto praticam, ajustando a estante da partitura fora do nível do olho. Por mais alto que seja seu biotipo, terá todos os ajustes próprios individuais. Diferente dos meus e assim sucessivamente. A tendência ao praticar sozinho é manter a estante realmente baixa o que faz com que a cabeça fica inclinada para baixo e saindo da posição naturalmente relaxada. Lembre-se novamente de encaixar toda a coluna. Toda ela, cervical, dorsal ou torácica, lombar e o cóccix. Alinhamento, conforto e equilíbrio.


8. Saiba suas limitações. 
Retorno ao seguinte, percepção corporal é acima de tudo sentir o movimento de forma fluída e precisa. Sentiu algo diferente, PARE, respire, tente refazer todos os passos dos movimentos efetuados. Use o desconfiômetro e principalmente o ouvido para avaliar o que está acontecendo, pois podemos praticar de forma errada centenas de vezes um movimento, até alguém chegar (Professor normalmente) e dizer: Está Errado! A relação tensão relaxamento pode ser usada por um período de tempo, não por vastos períodos. 45 minutos e pausa de 15, creio que para mim é o ideal. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Arcos de Fibra de Carbono


Ainda é indiscutível o fato que que o melhor material para a composição de um arco é a madeira Pau-Brasil de Pernambuco. Foram testados vários tipos de materiais diferentes na constituição do arco e o que mais se aproximou, em termos de qualidade, desta madeira foi a Fibra de Carbono.
A vantagem deste novo arco é que não sofre alterações físicas devidas as mudanças climáticas, o que para um músico que está sempre viajando para lugares de diferentes temperaturas, umidade e altitudes é de grande valia.


Especificações do Arco
Tamanho: 4/4
Vara: Carbono de alta resistência e controle mecânico com fibra trançada aparente.
Crinagem: Nível "A" da Mongólia.
Formato: Arredondado.
Peso: 62g.
Tamanho: 746mm (74,6Cm).
Ponto de tensão: 262mm (26,2Cm).
Acomodação: Couro.
Fiamento: Prata.
Talão: OX Horn ( Chifre ).
Slide: Abalone.
Parafuso: Em 3 partes montado em Nickel.


Preços:

Como madeira de Pau-Brasil está em falta devido ao desmatamento e até proibição governamental de exportá-las, o novo arco de fibra de carbono tem um preço reduzido. No entanto, não se enganem. Assim, como bons arcos de madeira, também encontraremos preços exorbitantes para estes novos, dependendo da marca.  Eis aqui alguns links para poderem analisar os valores:


Eu uso um arco feito de pau-brasil de um luthier do Espírito Santo. Gosto muito deste arco e não pretendo substituí-lo tão cedo. Mas como arco reserva, quero muito comprar um de fibra de carbono, tendo em vista que o meu reserva está em péssimo estado. 


Notação Musical

     Muitas pessoas ollham uma partitura e perguntam: _ Nossa!!! Como você entende esse monte de rabisco?Mal sabem elas a evolução pela qual passou a notação musical que hoje utilizamos. Sim à primeira vista é complicado, como se estivéssemos aprendendo outra língua, mas torna-se tranquilo com a prática reiterada da leitura musical.
     Para a acústica não existem notas musicais, mas sim frequências medidas em hertz, ou seja, números de vibrações da onda sonora, porém, para a cultura ocidental, ficou definido que as notas musicais são sete. Na realidade, temos muito mais sons ou frequências. Outras culturas trabalham com outras quantidades de notas, sendo que o limite de sons, altura, timbre e intensidade são estabelecidos pela natureza e estudados pela física.
     Obviamente a história da notação musical não segue um caminho tão simples e retilíneo, havendo várias curvas e reentrâncias no trajeto, porém demonstraremos de modo simplificado essa trajetória.
     No ocidente, o nome das notas foi dado pelo monge beneditino Guido D’Arezzo no século XI a partir das primeiras sílabas das palavras do hino a São João Batista transcrito abaixo através da notação mais moderna não condizente com a original.





                                Latim                                    Português  
                                 Ut queanti laxis                       Para que possam
                                 Resonare fibris                        Ressoar as maravilhas
                                 Mira gestorum                        De teus feitos
                                 Famili tuorum                         Com largos cantos
                                 Solve polutti                           Apaga os erros
                                 Labii reatum                           Dos lábios manchados
                                 Sancte Joanes                        Ó São João



     O monossílabo si foi extraído do hino aproveitando as iniciais de Sancte Joanes e o Ut transformou-se em dó. Portanto, hoje em dia temos as seguintes notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
     Na Idade Média, foi adotada a escrita neumática, característica do canto gregoriano, que não possuía a precisão necessária para determinar todas as relações intervalares. A leitura das alturas se fazia através de um método quase que de adivinhação, pois, até mesmo os copistas contribuíam para aumentar os problemas deturpando a localização e o desenho dos neumas. A seguir, temos a relação de alguns neumas e sua evolução:
 

     A relação com a música escrita era apenas a de facilitar a lembrança daquilo que já constava
na memória, uma notação com valor mnemônico. Foi criada, por volta do século IX ou X, uma
linha que serviu de ponto de referência aos sons notados e nela colocou-se a nota fá, determinando,
assim, que o nome da linha seria linha Fá. Buscava- se, por fim, a notação incerta dos neumas.


       Após este período, deu-se início à fase cromática da notação musical na qual se estabeleceu um tetragrama com a cor amarela para a nota Dó 5 e a vermelha para o Fá 4.



     Com o passar do tempo, outras linhas foram acrescentadas e a fase cromática deu lugar à fase
representativa na qual a função era indicada com a letra representativa de cada figura: F para o fá, C
para o dó e G para o sol. Todas as outras notas possuíram e ainda possuem sinais gráficos que as
representam e que passaram a se chamar “clave signatae”, entretanto, apenas as três notas
anteriormente citadas perduraram até os dias atuais.

 

     Além de definir o nome das notas musicais no ocidente, Guido d’Arezzo, no século XI, fixou
a pauta num certo número de linhas arrumando as notas com precisão pondo fim, assim, à
relatividade dos neumas.


(Do livro "Teoria Musical - Estruturas rítmicas, melódicas e harmônicas" Registro nº 522.036, livro: 990; folha: 499)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

ORAÇÃO DO VIOLINISTA DESESPERADO


Todos os violinistas que conheço e demais profissionais que não têm uma crença e não possuem fé naquilo que fazem, são desarmoniosos, frustrados, infelizes, estúpidos, deprimidos, revoltados e sozinhos, sozinhos porque ninguém agüenta tanta amargura.Nunca, em toda minha carreira, vi alguém feliz da vida por não ter fé e não acreditar no que deseja.
A convicção de que não estamos sozinhos; a paixão pelo que fazemos; a crença em nós mesmos e no que pretendemos ao escolhermos nossos objetivos e aonde queremos chegar, tudo isso faz a diferença. Ela nos mostra nosso verdadeiro potencial e o caminho correto.
Se acha que estou exagerando quando falo de crermos em nossos objetivos, posso provar cientificamente de outra maneira, o que a estagnação, a falta de credibilidade em si mesmo, perante os obstáculos, pode lhe causar.
O escritor John Powell disse: Uma pessoa normal atinge 10% de seu potencial, vê somente 10% da beleza que está à sua volta, ouve somente 10% de sua música e poesia, cheira somente 10% de sua fragrância e prova somente 10% do prazer de sua vida.?
Entendo como normalidade, neste caso, a mesmice e o costume de aceitar as deliberações do acaso como fato consumado, sem ao menos entendermos que podemos mudar nosso cotidiano e transformá-lo em vitórias e desafios vencidos por nossa força de vontade e uma visão absolutamente coerente com o que passamos a acreditar.
É bem mais fácil lutarmos por nossos objetivos e metas quando sentimos intimamente que não estamos sozinhos. Nem todo mundo tem uma frota de amigos com os quais possa contar. Muitas pessoas são e estão sozinhas e têm que resolver tudo por conta própria. E mesmo assim, essas pessoas conseguem vencer e se destacar muito mais que aquelas que sempre estão rodeadas de pessoas por todos os lados. Como isso acontece? Essas pessoas têm dentro de si uma força, sentem que estão sempre acompanhadas por ela, liberam essa força, utilizam-na para realizarem o que precisam, para alcançarem o que necessitam e essa força nada mais é do que a fé inabalável, a paixão, a vontade de chegar aonde desejam, tendo a plena certeza de que o caminho que escolheram não está sendo seguido somente por elas, a certeza de que não estão sozinhas. E realmente não estão. Essas pessoas são protegidas e se sentem amadas, até mais do que aquelas que se cercam de companhias, que muitas vezes, as impedem de serem aquilo a que estão predestinadas.
Antes de passar ao caro leitor a oração do violinista desesperado, devo avisar que esta é uma das armas mais poderosas que poderia ter sido divulgada ao músico. Não importa a sua religião, todos nós sabemos e já está provado, que a oração nada mais é que uma ótima oportunidade de pedirmos e alcançarmos algumas coisas, que no momento vivido, nos parece impossível de realizar. Esta oração tem o poder de reverter e transformar qualquer problema que um músico possa estar vivenciando. Por isso, aconselho ao leitor, só usá-la se for absolutamente necessário e em último caso. Sintomas necessários para a oração:
_Você está deprimido?
_Você topou tocar um concerto com a orquestra e, faltando três dias para o concerto, se deu conta de que não está preparado para tal?
_Você está sofrendo de síndrome do pânico?
_Você tem medo de palco?
_Você descobriu que não tem técnica nenhuma, para coisa alguma, que o violino exige?
_Estão falando mal de você, não importa o que toque, nem a velocidade que toque, nada impressiona ninguém?
_Seu som é péssimo?
_Seu arco é péssimo?
_O maestro te odeia, ignora e está sempre te olhando com cara feia?
_Você sempre erra o que estuda e sempre na frente dos outros; quando está sozinho é uma maravilha?
_Tem fama de desafinado?
_Quer se tornar o melhor violinista do mundo?
_Gostaria de ser reconhecido internacionalmente?
_Quer se destacar no violino, para num futuro próximo, ser o regente do século?
Se por acaso você está sendo vítima de mais de três itens acima, esta oração vai operar um verdadeiro milagre em sua vida. Faça-a antes de se levantar da cama e antes de dormir. Aguarde três dias e verá o que acontece. Seus problemas irão se resolver milagrosamente, você se tornará outro músico, será famoso, aplaudido, reconhecido e todos pedirão seu autógrafo, conselhos, sua atenção e amizade. E tudo isso em apenas três dias de reza braba. Esta oração é garantida e foi experimentada pelos violinistas mais aflitos e desesperados que se tem notícia. Músicos que estiveram no fundo do poço, ou do palco como queiram, e sobreviveram para contar. Desejo-lhes boa sorte e muita, muita fama.


ORAÇÃO DO VIOLINISTA DESESPERADO

Ó senhor, atendei às minhas preces, olhai pelo meu violino, pelo meu arco, dedos e afinação. Olhai a minha angústia, olhai o meu desespero.
Ó senhor, imploro pelos meus dedos, que eles corram velozmente, para cima e para baixo, sem errar as mudanças de posição.
Fazei senhor, que no palco eu não erre, mas se errar, que ninguém escute, mas se escutar, que não comente, mas se comentar, que ninguém acredite.
Ó senhor, atendei ao meu pedido desesperado. Afastai de mim a má fama. Que todos me adorem, me admirem, me procurem, que o som do meu violino soe divinamente, que minhas dificuldades desapareçam milagrosamente enquanto imploro sua atenção.
Ó senhor, fazei-me instrumento da música, do inesquecível, do inacreditável, do maravilhoso, do inenarrável; que eu possa através desta maravilhosa transformação, que sinto agora em mim, tocar os corações mais endurecidos, sejam eles dos que regem, dos que ouvem, e até mesmo, dos que falam mal e criticam.
Ó senhor, afastai de mim todo o pânico; que meu corpo não trema na frente da orquestra, dos amigos, dos professores e convidados, mas se tremer, que meu arco permaneça firme, mas se não ficar firme, que eu consiga tocar tudo até o fim e numa afinação divina. Que todos me adorem, idolatrem e me respeitem.
Sinto agora, com a força desta oração, o milagre agindo em minha vida, em meus dedos, em meu arco e afinação. Sou, desde já, feliz com meu instrumento e minha maravilhosa carreira, na música erudita.

Obs: Repetir depois da oração por cinqüenta vezes a frase:
Sou afinado e toco qualquer coisa em qualquer lugar.

Patrícia Mello 

Game of Thrones theme - partitura

Atendendo a sugestões, vai aí uma partitura tema da série Game of Thrones, a qual tenho acompanhado e lido todos os livros, que são ótimos. Um tema fácil, mas que deve ser bem interpretado para ficar legal, senão fica chato.

Site para Download partitura: http://musescore.com/user/17605/scores/30991

terça-feira, 26 de junho de 2012

Idade para Começar a Estudar Música

Resolvi postar esse vídeo estrelado pelo nosso querido  amigo Jef Lima, pelo canal "Eu Odeio Pestana", onde ele expõe de maneira bem humorada, que não existe uma idade para começar o estudo de um instrumento, mas sim, que tudo depende da cabeça da pessoa que quer iniciar seus estudos e de sua dedicação.

Mão Esquerda

Na vídeo-aula abaixo, a mestra Laura mostra 3 problemas comuns na mão esquerda do aprendiz, mostrando, ainda, os motivos e soluções para os mesmos.


Problemas
. Polegar com o Indicador apertando o braço do violino, o V que esses dois dedos devem formar
. Curva do S no Pulso, correto não torto. O antebraço fica desiquilibrado para fora do braço do Violino. Tende-se a segurar o Violino com a Falange do Indicador.
. Pulso quebrado, para fora ou para dentro. Para fora, o minguinho não chega na corda e para dentro, carrega-se uma bandeja.


Motivo
. Considera ela como sendo um problema de queixeira e espaleira, a forma errada com se segura o Violino, causando a sensação insegura de queda e falta de confiança.
. e . Facilidade em segurar o Violino inicialmente, quando não se necessita sair da primeira posição 




Soluções (pratique na frente de um espelho)
1º. Próximo de 1:56seg. ela demonstra a forma correta de segurar o Violino. Se ainda não consegue segurar seu Violino dessa forma, treine. Empunhe o Violino pela base do braço ou pela lateral direita dele e posicione-o no lugar (ombro e queixo), não pelo braço. Crie um espaço entre os dedos e o braço do instrumento formando uma "caverninha". Observe próximo dos 30 segundos de vídeo. Tente tocar uma peça fácil sem deixar que o polegar toque no braço do violino, em seguida tente executar com o polegar encostado no braço do instrumento, porém, fazendo movimento para frente e para trás.
. Sobre o problema da "Curva do S", trabalhe com o pulso reto, como se fosse dar um soco em alguém. E depois gire o pulso algumas vezes, mantendo sempre o pulso reto em relação ao antebraço. Pratique na frente do espelho.
. Observe o recurso de desenhar nas costas da mão uma flecha e ver para onde ela deve apontar, não pode ser para baixo e nem para cima do braço. 

Concluindo - uma boa técnica, depende da quantidade de vícios eliminados pelo meio do caminho. Postura correta e equilibrada é a melhor maneira de começar! 

Mão Direita

Aos meus queridos alunos, 


Como dizem os antigos: "recordar é viver" 
Portanto, resolvi postar essa video-aula mostrando a forma correta de segurar o arco

A mão direita deve ficar relaxada, para a produção de um belo som no seu violino.  A cada passo da criação de sua mão direita, não se esqueça de manter os tendões relaxado. Lembre-se que o arco não é pesado, portanto apenas usamos o esforço suficiente para segurá-lo e nada mais.
Para começar a fazer uma boa mão do arco, primeiro vamos fazer 'orelhas de coelho "com nossa mão direita. Esta é uma boa maneira de visualizar o papel e a postura de cada dedo. Faça dois dentes de coelho com o seu dedo do meio e dedo anelar e coloque o polegar atrás da primeira articulação dos dois dedos. Seu dedos indicador e mindinho serão as orelhas de coelho.
Quando estiver pronto, coloque o lápis dentro da boca do coelho, como fazemos no vídeo. Assegure-se que os contatos do polegar- lápis da ponta sobre o polegar como é do vídeo. Se você estiver na escola ou no trabalho e quer praticar seu segurar de arco, pegue um lápis e segure-o como se estivesse segurando um arco. Quanto mais tempo os seus dedos estão na postura correta arco espera o mais natural ele vai se sentir. Estes exercícios são formadores de hábito.
Quando estiver pronto, substitua o lápis com o seu arco. O polegar deve contatar o arco da mesma na frente do 'frog'. Seu polegar será a metade sobre o couro lapidação e meia sobre a madeira do arco. Mantenha o polegar dobrado e relaxado. Enrole os dentes de coelho sobre a vareta, de modo que a ponta do dedo polegar ficará muito próximo da primeira articulação dos dedos médio e anelar. Mantenha tudo solto, curvo e relaxado.
Em seguida coloque o dedo mindinho na vara. A ponta do dedo mindinho deve contatar o arco e o mindinho precisa ficar curvado e relaxado.
Por último coloque o dedo indicador sobre a vara. O índice deve contatar o arco em torno da segunda junta. Ele pode mover um pouco acima e abaixo da junta quando você move o arco para cima e para baixo, mas deve ficar relativamente próxima à junta. Mantenha o seu dedo indicador curvo e relaxado sobre a proa. Cuidado para não ligar o dedo indicador ao redor do arco. Deve apenas drapejar sobre o arco levemente.


Segurando o Violino


Lembre-se que o encaixe de seu instrumento será sustentado pela  pressão entre seu queixo (maxilar) e ombro  (clavícula) . Por isso, não tem motivos para tentar prendê-lo com a garganta, deitar a cabeça sobre a queixeira, ou pertá-lo sobre o peito.
A boa sustentação do violino a mobilidade que a mão esquerda precisará possuir na hora de tocar, fazendo sua função de comprimir as cordas no espelho , enquanto o polegar está relaxado apenas fazendo o outro lado da “pinça”.
Para adequar a altura do violino a altura entre maxilar e clavícula teremos que ajustar a espaleira bem ajustada ao tamanho da pessoa que irá tocar. O que veremos mais adiante.
Segue um vídeo (em inglês) dando explicações e exemplos sobre isso.


Estudando Violino

Se o aluno começa seus estudos técnicos logo no começo, seu domínio de arco se torna mais rápido, e suas dificuldades muito menores. Entre todos os estudos que fiz com os alunos que pude observar, posso afirmar com convicção que o que um aluno leva seis ou mesmo até sete anos para aprender numa metodologia normal, onde não há uma preocupação com a técnica, o aluno que tem contato com as técnicas desde o inicio aprende a mesma coisa e até muito mais em um ano e meio ou dois.
Quando me refiro às técnicas, estou me referindo as que dão a base para o aluno alcançar praticamente todos os golpes de arco usados para uma boa execução. Se você não tem noção ou nunca estudou técnica provavelmente deixará muito a desejar ou não conseguirá executar um concerto, que exija o mínimo de técnica, como por exemplo: Detaché, Soltiê, Staccato, Staccato volante, Spiccato, Cordas duplas, Acordes etc.
Com isso, quero deixar claro, que o estudo diário das técnicas e a disciplina para estudá-las é obrigatório para se formar um bom violinista que queira enfrentar o mercado de trabalho aqui no Brasil ou no exterior.
Você como aluno tem que entender que a cada técnica, arcada, escala, repertório, enfim, tudo o que estiver estudando, há um raciocínio lógico e um objetivo a ser alcançado, seria parecido com uma fórmula matemática, para depois de entendê-la, se sentir seguro e a vontade para calcular qualquer questão e resolver qualquer problema. Assim é o estudo do violino. Divida, multiplique, diminua e some. Quando aprender a fazer isso, Tocara qualquer coisa com muito mais facilidade e prazer do que possa imaginar.
Volto a frisar que a disciplina se faz importante. É necessário que se tenha organização. De nada adianta um estudo aleatório sem organização e raciocínio.
Pergunta: Quantas horas por dia devo estudar, e como faço para organizar meus estudos?
Resposta: A quantidade de horas que se deve estudar o violino está diretamente ligado ao seu interesse pelo instrumento e a sua vontade de aprender.

ORGANIZAÇÃO
Quanto à organização dos estudos, vou lhe responder da seguinte forma.
Faça de conta que você está entrando na minha sala de aula hoje, e vamos ter nossa primeira aula juntos. Para que você não fique perdido na hora de estudar o que peço, vou organizar seus estudos, vou dividi-los por partes, e explicar a você para que cada uma delas serve. Vamos começar dividindo seus estudos em quatro partes, que serão executadas todos os dias. Lembra do que falei sobre matemática? 
Exemplo:
Técnica de Arco + Golpes de Arco = Domínio de arco
Escalas + Ritmo + solfejo = Afinação
Método + técnica e escala = Execução
Repertório x Tudo que estudou = Excelente violinista e professor feliz
Fácil não? Então vamos começar seus estudos, faça uma tabela se preferir, onde você dividirá seus estudos por partes, sendo elas:
Alongamento: Sempre faça alongamento antes de começar a estudar.
1.Domínio de arco: ( Lembre-se de manter o arco rente ao cavalete, nunca deixe que ele tenha uma trajetória torta entre o cavalete e o espelho.)
Comece com exercício em corda solta, puxando o arco bem devagar, do talão a ponta com sonoridade, seria interessante se você conseguisse cronometrar quantos segundos você leva para chegar do talão a ponta (e vice-versa) mantendo a sonoridade do instrumento. Tenha como meta, exatos 1 minuto. Faça isso até quatro vezes em cada corda todos os dias e não se stress querendo repetir os exercícios exaustivamente.
Golpes de Arco: Estude as técnicas de arco com metrônomo, estude sempre diante do espelho, que por sinal é um excelente professor. Não toque muitos compassos por dia (Principalmente se não está acostumado) EX: Dois compassos de técnica de colcheia, dois de técnica de colcheia com ligadura, quiáltera, e por ai vai. Não se esqueça de anotar onde parou e qual andamento estava o metrônomo.
Escalas: Estude as escalas sempre devagar escutando a afinação. No violino não existe milagre e sim regras e técnicas. Uma delas é a de que quanto mais devagar estudar, mais rápido irá aprender. Você pode começar fazendo quatro escalas maiores ( comece com um depois dois e vá até quatro sustenidos) Depois faça o mesmo com os bemóis
“O solfejo é muito importante e ajuda na afinação. Seria muito bom se antes de estudar qualquer música você a solfejasse. Isso ajuda e muito no desenvolvimento de uma leitura musical.”
2.Método: O estudo do método é feito sempre devagar e com metrônomo. Porém antes de tocar o exercício o aluno deve analisar o que vai estudar ex:
Tonalidade, Andamento etc. Geralmente num único exercício o número de informações é muito grande e no começo você pode sentir dificuldade em assimilar todas elas, meu conselho a você é “Não entre em pânico e tenha paciência com você mesmo”. O que vai fazer com que se aprenda bem o objetivo de cada exercício é o estudo devagar, com o tempo, esta leitura se torna automática, fazendo com que o instrumentista tenha um domínio completo de sua leitura.
3.Repertório: Faça o mesmo que fez no estudo dos seus métodos.
Um bom exercício para aprimorar sua leitura de notas é, quando estiver tocando uma nota olhe para a que vem em seguida, sempre antecipando seus olhos na nota seguinte. Com o tempo passe a ler duas notas adiante, depois três etc. mais não se esqueça de manter o andamento para não correr tentando acompanhar sua visão.
Bom, agora que organizamos seu estudo diário de violino, não aconselho que estude tudo de uma vez sem parar para descansar, pois ficará stressado, o estudo se tornara chato, doloroso, e o resultado pode não ser bom.
Faça o seguinte:
Separe seus estudos por minutos. Se você não está acostumado ao estudo diário de seu instrumento, ou seja, é daqueles que estuda meia hora antes de entrar para a sala de aula, não posso deixar de pensar em algumas coisinhas como:
Em Primeiro lugar, seu professor deve ser um “Santo” por deixar você fazer isso.
Segundo lugar, pelos meus cálculos, nesse ritmo você vai aprender alguma coisa de concreto no violino no dia de “São Nunca”.
Então, acho mesmo que você deve começar a estudar todos os dias.

TEMPO DE ESTUDO
Estude meia hora: faça o número 1 e 2 Descanse de dez a quinze minutos.
Estude mais meia hora: Faça o número 3 e solfeje a lição que vai estudar para a aula. Descanse novamente.
Estude meia hora de novo: Faça o número 4 devagar. Pare novamente para descansar.
(Uma boa dica que desenvolve bem a memória, seria você aos poucos ir tentando decorar o que toca. Comece com um compasso, depois tente decorar dois e assim vai).
Estude o numero 5 da mesma forma que estudou o número 4. e pronto, por hoje é só.
Pode ser que você estude mais ou menos do que meia hora, ou que não dê para fazer todos os exercícios de uma vez. Não tem problema, o importante é que estude tudo que precisa no dia. Amanhã comece tudo de novo até adquirir a disciplina necessária para o estudo do violino.
Garanto a você que o resultado é espantoso e suas dificuldades técnicas desapareceram com o tempo, para a alegria de seu professor.
Uma última coisa, o exemplo de estudo acima se refere ao aluno que já teve aulas de violino, se fosse um aluno iniciante, lógico que não poderia estudar dessa maneira. E também é lógico, que se o aluno já estuda o violino, as horas de estudos aumentaram de acordo com sua vontade. O ideal é que o aluno tenha uma disponibilidade satisfatória de seu tempo para se dedicar ao instrumento. O fator tempo é muito relativo, depende de cada um, pois sei que o que faz uma regra é a exceção, e no violino lhe damos com a exceção todos os dias. Cada um tem seu ritmo, e o mais importante neste caso é ter vontade, o resto acontece naturalmente.

* Texto de Patrícia Mello