sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Diferença entre Samba e Pagode


Samba é um gênero musical e um tipo de dança de raízes africanas surgido no Brasil e é tido como o ritmo nacional por excelência. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, o samba se transformou em símbolo de identidade nacional. Dentre suas características originais, está uma forma de dançar acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano e levado, na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro pelos negros que migraram da Bahia e se instalaram na então capital do Império. O samba de roda baiano, que em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco, foi uma das bases para o samba carioca.Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba
Pagode é um gênero musical brasileiro originado no Rio de Janeiro a partir da cena musical do samba. Estilo musical mais comum nas favelas e locais com baixa concentração de renda, como conjuntos habitacionais e subúrbios. Esta é a forma pejorativa e preconceituosa que esta palavra assumiu. Na verdade o pagode não é exatamente um gênero musical. O pagode, na verdade, era o nome dado às festas que aconteciam nas senzalas e acabou se tornando sinonimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria. Prova de que o nome em nada tem a ver com o rítmo, é a música Pagode de Brasília gravada por Tião Carreiro em 1959, cuja roupagem em nada lembra nenhuma das variações do samba. O termo pagode, começou a ser usado como sinônimo de samba por causa de sambistas que se valiam deste nome pra suas festas, mas nunca o citaram como estilo musical. Isso pode ser bem percebido pela letra “Pagode do Vavá” de Paulinho da Viola, “Pagode pra valer” de Laci Brandão ou qualquer outra do grupo Fundo de Quintal, considerado por muitos o primeiro grupo de pagode do Brasil. Acabou se tornando uma referência para os leigos que falam sobre pagode, forró ou axé. Sendo que nenhum destes são gêneros musicais ou mesmo rítmos. E atualmente é usado de forma pejorativa por alguns e de forma descabida inclusive por “músicos do Gênero”.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Adele Partitura - Rolling in the deep

Para aqueles que gostam do fenômeno chamado Adele, segue abaixo a partitura para solo e piano de Rolling in the deep. Música lançada em novembro de 2010 na Holanda, fazendo sucesso no Brasil em 2011.

 



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pizzicato

Nos instrumentos de cordas friccionadas, quando deixa-se o arco de lado e utiliza-se o dedo para tocar, chamamos de pizzicato. Esta técnica é um ornamento dentro da música e não como a música é tocado integralmente, a não ser em exceções como em Pizzicato Polka J. Strauss (filho).


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tema de Harry Potter partitura

Para todos aqueles que foram e ainda são fãs de Harry Potter, segue abaixo partitura do tema do filme, composto por John Williams, um dos grandes mestre das trilhas musicais do cinema!

Música muito fácil que pode ser executada por dois violinos, ou mais, caso algum segundo violino faça o divise e não atrapalhe o solo do primeiro, que deve ficar em evidência.
Cuidado para o vibrato não parecer um cabrito berrado, isso deixará a música tão mortal quanto Voldemort.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Songbook: Chorinho


Para completa o post anterior, resolvi enviar tres songbooks de chorinhos.
O primeiro contém as melhores obras de Pixinguinha, e o segundo e o terceiro é uma coletânea com vários chorinhos de diversos autores.

http://www.4shared.com/office/7t1JylG1/Songbook_-_Chorinho.html

http://www.4shared.com/get/6K_7Yp70/songbook_o_melhor_do_choro_bra.html

http://www.4shared.com/get/0IEpmI3D/Songbook_O_Melhor_do_Choro_Bra.html

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Música Brasileira: Chorinho

Esse gênero, (que na minha opinião, é uma das expressões mais autênticas da música brasileira) surgiu da mistura de elementos das danças de salão européias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca) da música popular portuguesa e da música africana, reflexo da miscigenação presente na cultura brasileira A princípio, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia, cujos praticantes eram chamados de chorões, mas foi tornando-se cada vez mais afamado o virtuosismo dos instrumentistas e sua capacidade de improvisação.

A origem do termo choro é controvertida. Para o folclorista Luís da Câmara Cascudo, esse nome vem de xolo, um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, enquanto, por outro lado, Ary Vasconcelos sugere que o termo liga-se à corporação musical dos choromeleiros, muito atuantes no período colonial. José Ramos Tinhorão defende outro ponto de vista: explica a origem do termo choro por meio da sensação de melancolia transmitida pelas baixarias do violão. Já o músico Henrique Cazes, autor do livro Choro – Do Quintal ao Municipal, a obra mais completa já publicada até hoje sobre esse gênero, defende a tese de que o termo decorreu desse jeito marcadamente sentimental de abrasileirar as danças européias. 
Como gênero, o choro só tomou forma na primeira década do século 20, mas sua história começa em meados do século XIX, época em que as danças de salão passaram a ser importadas da Europa, principalmente para a capital do "choro": o Rio de Janeiro. A abolição do tráfico de escravos, em 1850, provocou o surgimento de uma classe média urbana (composta por pequenos comerciantes e funcionários públicos, geralmente de origem negra), segmento de público que mais se interessou por esse gênero de música. 

A estrutura musical do choro geralmente possui três partes (ou duas, posteriormente), que seguem a forma rondó (sempre se volta à primeira parte, depois de passar por cada uma).
Vários músicos e compositores contribuíram para que esse maneirismo inicial se transformasse em gênero. Autor da polca Flor Amorosa, que é tocada até hoje pelos chorões, Joaquim Antonio da Silva Callado foi professor de flauta do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. De seu grupo fazia parte a pioneira maestrina Chiquinha Gonzaga, não só a primeira chorona, mas também a primeira pianista do gênero. Em 1897, Chiquinha escreveu para uma opereta o cateretê Corta-Jaca, uma das maiores contribuições ao repertório do choro. Outro pioneiro foi o clarinetista e compositor carioca Anacleto de Medeiros, que realizou as primeiras gravações do gênero, em 1902, à frente da Banda do Corpo de Bombeiros. Assim como outros registros posteriores, essas gravações indicam que a improvisação ainda não fazia parte da bagagem musical dos chorões naquela época. 
                                 http://www.youtube.com/watch?v=bvgOB3eohTI

A obra de Ernesto Nazareth, que desde cedo extrapolou as fronteiras entre a música popular e a erudita foi essência para a linguagem deste gênero. O autor de clássicos como Brejeiro, Odeon e Apanhei-te Cavaquinho destacou-se como criador de tangos brasileiros e valsas, mas de fato exercitou todos os gêneros musicais mais comuns daquela época, tendo sua obra definitivamente integrada ao repertório básico dos chorões nos anos 40 e 50, por meio das gravações de Jacob do Bandolim e Garoto. 
                             www.youtube.com/watch?v=cT1y8Jh9ux4 


O introdutor de elementos da música afro-brasileira e da música rural nas polcas, valsas, tangos e schottische dos chorões foi Pixinguinha. É o caso do maxixe Os Oito Batutas, gravado em 1918, cujo título antecipou o nome do primeiro conjunto a conquistar fama na história da música brasileira. Protagonistas de uma polêmica temporada de seis meses em Paris, no ano de 1922, Pixinguinha e seus parceiros na banda Os Batutas (um septeto, na verdade) dividiram a imprensa e o meio musical brasileiro, entre demonstrações de ufanismo e desqualificação. Foi também sob duras críticas que Lamentos (de 1928) e Carinhoso (composto em 1917 e só gravado pela primeira vez em 28), dois inovadores choros de Pixinguinha, foram recebidos pela crítica. O fato de ambos terem sido feitos em duas partes, em vez de três, foi interpretado pelo preconceituoso crítico Cruz Cordeiro como uma inaceitável influência do jazz. 


Outra personalidade de peso na história do gênero foi o carioca Jacob Pick Bittencourt, o Jacob do Bandolim, famoso não só por seu virtuosismo como instrumentista, mas também pelas rodas de choro que promovia em sua casa, nos anos 50 e 60. Sem falar na importância de choros de sua autoria, como Remeleixo, Noites Cariocas e Doce de Coco, que fazem parte do repertório clássico do gênero. Contemporâneo de Jacob, Waldir Azevedo superou-o em termos de sucesso comercial, graças a seu pioneiro cavaquinho e choros de apelo bem popular que veio a compor, como Brasileirinho (lançado em 1949) ePedacinhos do Céu. Além desses, não podemos esquecer de: Luiz Americano, saxofonista e clarinetista, integrante do Trio Carioca na década de 30; Severino Araújo que foi dos exemplos de união entre o choro e o jazz, ao adaptar choros à linguagem das big bands. Garoto, foi um dos principais expoentes do choro antes da década de 50, com melodias baseadas nos mais diversos ritmos (sambas, boleros, fox, xotes, entre outros) que ganharam letra de vários parceiros, tornando muitas dessas músicas em sucessos que marcaram diversas épocas do cenário musical nacional. Além de compositor, tocava violão, violão tenor, bandolim, cavaquinho, guitarra havaiana e banjo, entre outros, tendo por isso recebido o apelido de "o gênio das cordas".


A formação do conjunto é feita por um ou mais instrumentos melódicos, como flauta, bandolim e cavaquinho, que executam a melodia; o cavaquinho tem um importante papel rítmico e também assume parte da harmonia; um ou mais violões e o violão de sete cordas, formam a base harmônica do conjunto e o pandeiro atua na marcação do ritmo base.

Piano

No início, era muito comum no choro o piano, instrumento de pioneiros como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Os pianistas que tocavam choro eram, por vezes, chamados "pianeiros".





Flauta

 A flauta era o instrumento de Joaquim Callado, um dos primeiros chorões. Sempre foi muito utilizada no choro, tanto a flauta comum quanto o piccolo. Ao longo da história do choro, sempre houve, no gênero, flautistas notáveis, como Benedito Lacerda, Patápio Silva e Altamiro Carrilho.

Violão de 7 cordas

No choro, além do violão de seis cordas, existe o violão de sete cordas, introduzido nos regionais provavelmente pelo violonista Tute, quando procurava notas mais graves para a chamada baixaria. A princípio a corda utilizada era uma corda C de violoncelo, afinada também em C. Depois, surgiram as cordas específicas para esse fim no violão. As cordas específicas possibilitaram que muitos chorões optassem por afinar a sétima corda em B (o que era impossível com a corda de violoncelo, que ficava muito frouxa se afinada em B), seguindo mais à risca a lógica da afinação do violão e ganhando um semitom a mais para o grave. A partir da década de 1950, teve como seu maior expoente Dino 7 Cordas, que influenciou grandes nomes da geração seguinte de violonistas, como Raphael Rabello e Yamandú Costa.



Pandeiro

O pandeiro foi introduzido no choro por João da Baiana, no início do século XX. Até então, o instrumento era relegado ao batuque, sendo rejeitado pelos que tocavam o choro, considerado uma música mais elaborada que o samba e o batuque.






Saxofone



O saxofone deve sua importância no choro a Pixinguinha. A importância do instrumento levou compositores a mencioná-lo nos títulos de suas músicas, como "Por que chora, Saxofone" e "Sax soprano magoado".
Outro grande chorão saxofonista foi o pernambucano K-Ximbinho.








Bandolim




O bandolim tem timbre, região e digitação muito adequados ao solo, além de ser um instrumento com boa ressonância e projeção sonora. Jacob Bittencourt tornou o bandolim, que já era utilizado no choro desde o início do século XX, um dos símbolos do choro. A ele se seguiram, entre outros, Joel Nascimento e Hamilton de Holanda. 


Cavaquinho



Originalmente, o cavaquinho, por suas características técnicas – como a pouca ressonância –, era considerado apenas um instrumento de “centro”, ou seja, um instrumento harmônico-rítmico utilizado apenas na base do conjunto. Entretanto, com a melhoria de recursos acústicos e eletrônicos (como o pedal de reverb), passou também a solista. O cavaquinho ganhou notoriedade como instrumento melódico a partir de Waldir Azevedo. 






Trombone



O trombone é um instrumento presente no choro desde, pelo menos, o início do século XX. O trombonista Candinho foi um dos pioneiros do instrumento no gênero. Um dos trombonistas de choro mais conhecidos é Raul de Barros, autor do clássico Na Glória. Outro conhecido trombonista de choro é Zé da Velha. 

O choro alcançou no cenário mundial e ainda é presente em outros países como França, Italia, Estados Unidos e Japão. Enquanto no Brasil ainda há grupos de choros, mas principalmente ocorre a agregação do choro a outros gêneros, formando músicas que não chegam a ser Choro, mas tem sua tendência, como ocorre por exemplo em músicas de Chico Buarque - http://www.youtube.com/watch?v=vlFvLFzldJ0                                                                                    

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Rússia e a música


Em homenagem ao segundo país com mais acesso ao blog, depois do nosso, resolvi postar peculiaridades sobre a música russa. É indubitável que na área erudita, os russos estão há pelo menos uns 200 anos como um dos mais importantes pólos culturais. 

Quem nunca apreciou uma das famosas peças para ballet de Tchaikovsky, ou nunca ouviu algum dos contemporâneos: Stravinski, Prokofiev, Rakhmaninov e Shahtakovith?! Obras desses compositores, entre outros, foram eternizadas em grandes concertos, temas de filmes e na cultural universal em geral.  

Seus maestros, que regeram orquestras de suma qualidade, tem seus nomes vivos na memória da música erudita. Tais como: Evgeny Mravinsky, Vladimir Ashkenazy, Yuri Simonov e Vladimir Ziva. Todos estes à frente de orquestras que brilharam entre as melhores que haviam no cenário mundial e que são relembradas e citadas até hoje.

Com certeza, Tchaikovsky, com seu caráter distintamente russo, ricas harmonias e belas melodias, teve sua música, misturando padrões mundiais em melodias típicas, inscrita entre as grandes composições que encontramos na história. Escreveu tanto óperas, concertos, sinfonias, peças e balés em níveis muito elevados.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Piotr_Ilhitch_Tchaikovski


Deve-se mencionar também o grupo dos cinco, formado por Aleksandr Borodin, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov, os quais produziam música especificamente nacionalista russa.  


Como não poderia deixar de mencionar, a influencia cigana também marcou muito a música popular deste país. 
De acordo com as antigas crônicas russas, o primeiro cigano chegou na Rússia no século XV. Desde que foram proibidos instrumentos musicais na Rússia entre os séculos XIV e XVII, o cigano russo criou uma tradição musical baseada em coros. 
No século XVIII, apareceu um instrumento sem igual: o violão de sete cordas. Até muito recentemente, este era quase o único instrumento tocado pelo cigano russo. Este violão, afinado em SOL permite linhas de baixo melódicas como também harmonias que podem lembrar um jazz. As percussões eram, sempre presentes, feitas com utensílios de cozinha como colheres e panelas. E noutras vezes era utilizado o pandeiro ou o que chamamos de “percussão no corpo” com batidas de pé ao chão, estalos de dedos e batidas com as palmas das mãos, nas próprias mãos e em outras partes do corpo. 


A tradição de coros de ciganos alcançou seu cume no século XIX e continuou até a revolução. Cabarés, caracterizando os músicos ciganos, como o " Yar " em Moscou eram renomados, e foi descrito na literatura russa, (i.e. Pushkin). Durante aquele período, o cigano russo cooptou o estilo russo de romances musicais. O violino apareceu, importado dos ciganos dos Bálcãs. 


Os instrumentos étnicos que encontraremos na música russa são: a balalaika, zhaleika, domra, bayan, rozhok. sviriel. Para conhecer melhor a característica sonora de cada um desses instrumentos segue o link: http://russiashow.blogspot.com.br/2011/10/album-instrumentos-populares-russos-uma.html 



Videos:

Rachmaninov, Rhapsody on a Theme of Paganini - www.youtube.com/watch?v=90MuPqYtV_k&feature=player_embedded

Glenn Gould - Shostakovich , Piano Quintet G min Op. 57 - V - www.youtube.com/watch?v=tmfTqVqngO8 

"POLOVETSIAN DANCE" Aleksandr Borodin - www.youtube.com/watch?v=TmfTqVqngO8

Sites:

Partituras:

terça-feira, 10 de julho de 2012

Vibrato

Vibrato –

Para todos os meus alunos que sonham ansiosamente em saber essa técnica muito utilizada pelos instrumentos de cordas friccionadas, segue um tutorial explicando as várias formas de executá-lo.
Como vocês já devem ter ouvido dizer em sala, o vibrato é como uma gravidez, onde o bebê é preparado aos poucos e quando você menos percebe já se passaram os nove meses e ele já está nascendo.
Não adianta se matar ou ficar triste em não conseguir logo nas primeiras vezes, é necessário tempo para dominar está técnica, que sem outros elementos de nada serve, digo, de ter uma boa afinação, domínio de arco, postura, etc, etc...
Ou seja, se um dia vocês vierem tocar uma escala para mim usando vibrato, mandarei estuda-la de novo, pois o que é o vibrato, senão uma leve oscilação da afinação para baixo e para cima, enquanto o que pretendemos numa escala é verificar a afinação da forma mais pura que possa ser.

Existem três formas de se fazer o Vibrato:
Vibrato de Pulso: O ombro e os dedos do instrumentista permanecem parados, enquanto a mão e o braço giram (tremem) rapidamente da esquerda pra direita, fazendo com que os dedos alterem sua posição sobre as cordas.

Vibrato de Braço: Conforme orientação de meu amigo, o  professor de violino Luke Tripp, essa forma de vibrato ocorre quando o braço propulsiona o dedo a fazer o mesmo movimento que é feito com o pulso, gerando oscilações mais fortes, definidas e largas, ideal para violistas. 


Vibrato de Dedo: Apenas os dedos mexem. Porém, como é praticamente impossível mexer os dedos pros lados, a técnica baseia-se em alterar a pressão exercida sobre as cordas pelos dedos. O dedo aumenta e diminui sua força sobre a corda, aumentando e diminuindo a tensão da corda, causando o vibrato.

O vibrato não quer dizer que o violino vai se mexer, não quer dizer que o som tem que ser parecido com um cabrito e também não quer dizer que será usado o tempo todo em todas as músicas.  Porém, é um vibrato bem tocado que fazem muitas vovós chorarem ao ouvir um violino.  Ele pode denotar tanto da mais profunda tristeza como a mais agressiva interpretação. 
Espero que gostem:

Referências: Wikinpédia, violinlab.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Música Flamenca


O FLAMENCO é uma arte popular espanhola caracterizada pelo modo particular de dançar, cantar e tocar a guitarra proveniente da região da Andaluzia, no sul da Espanha. A Andaluzia é formada por oito províncias que são: Sevilla, Granada, Málaga, Córdoba, Jerez, Huelva, Cádiz e Almeria.

Os primeiros testemunhos do surgimento dessa arte datam do século XVI. Os locais de origem seriam Sevilla, Jerez e Cádiz, as três cidades consideradas a "Santíssima Trindade" do Flamenco.

Suas raízes estão calcadas num sedimento artístico composto por diferentes e sobrepostas civilizações como a árabe, judaica, hindu-paquistã, bizantina, cigana, entre outras.
Os ciganos têm um importante papel no desenvolvimento do flamenco. Com a intenção de abandonarem a Índia (séc. XIV) após uma série de conflitos bélicos e invasões de conquista, os ciganos foram para o Egito onde permaneceram até sua expulsão. Conscientes de que deveriam se dividir em grupos para assim "conquistarem" a Europa, uma parte desses povos se estabeleceram na Espanha por volta de 1425, trabalhando como pastores e artesãos. 
Durante essa época, os ciganos conheceram um período de paz que lhes permitiu uma certa integração com o folclore andaluz. 

Decretada a perseguição às tribos nômades pela Coroa de Castella em 1499, e com a expulsão dos não cristãos e os de raça considerada impura como os judeus, ciganos e árabes através das medidas severas adotadas pela Santa Inquisição, os grupos foram obrigados a se estabelecer nas montanhas e outros locais desabitados para sobreviverem. 
Com o convívio e mistura dos diferentes costumes e tradições dessa gente perseguida, foi surgindo uma nova forma de expressão cultural.
Nesse instante nascia a música flamenca, a arte do flamenco!!!



O cante é marcado pela melancolia, pelo fatalismo e pelo sentimento trágico da vida. Nascia aí o cante jondo. Para os ciganos a música é parte integrante do dia a dia e essencial nas datas festivas. Tudo o que necessitam para iniciá-la é uma voz e acompanhamento rítmico, como palmas ou golpes dos pés no solo.
Passada a repressão mais severa aos ciganos a partir das últimas décadas do séc. XVIII, eles foram se integrando ao convívio dos espanhóis . Assim começaram a surgir os payos, interessados em conhecer e interpretar a música gitana.

No final do séc. XIX, a música flamenca com a guitarra já incorporada estabeleceu suas formas tal qual a conhecemos hoje, levando-se em conta que, por estar viva, continua a evoluir. É correto afirmar, que só depois da inclusão da guitarra é que se introduziu o sapateado aos bailes. Em 1929, Antonia Mercé, "La Argentina", cria a primeira companhia de balé espanhol, que estréia na Ópera Comique de Paris. Já em 1949, Vicente Escudero apresenta também na capital francesa suas primeiras criações como bailarino.

Na música flamenca, encontramos diferentes ritmos, agrupados em famílias de acordo com a estrutura, melodia e temática comun entre eles. Em quase todos os palos se pode bailar, ainda que existam bailes sem cante e temas puramente vocais. Na interpretação dos ritmos, observamos melodias alegres e outras mais tristes. A primeira pode estar relacionada à etnia andaluza, um povo alegre e sensível às artes. Já os tristes, dentre outros temas, se referem exatamente a essa angústia dos povos errantes que desembarcavam na Espanha e eram tratados como estranhos, vivendo em lugares pouco povoados, de clima frio e úmido e vegetação escassa.

A palavra flamenco foi usada pela primeira vez em 1835. Acredita-se que o termo deriva do árabe fellah (camponês) e mengu (fugitivo), e foi usada como sinônimo de cigano andaluz. Estudiosos sustentam ainda a referência de flamenco ao termo "flamância" de origem alemã, que significa fogosidade ou presunção, e que era aplicada aos ciganos por seu temperamento.

Para aqueles que amam a cultura flamenca, assim como eu, e querem aprofundar nessa bela arte, segue link de um site que mostra todas as ramificações da música flamenca: http://www.flamencopolis.com/

Vídeos - na página de Downloads

Pretendo em alguma nova postagem, mostrar a utilização do violino na música flamenca. Um tema que me fascina muito, tendo-se em vista a harmonização flamenca, a estrutura do baile, e a improvisação que o músico precisa ter nas mangas, formando um processo criativo e inovador, característicos dessa cultura.




segunda-feira, 2 de julho de 2012

Timbre do Violino


Timbre é a característica que nos permite diferenciar sons de mesma frequência e altura entre fontes sonoras distintas. Aqui ao lado temos figuras e suas representações gráficas das ondas sonoras emitidas, todas executando o Lá Universal em 440Hz.
Pesquisando adjetivos para o timbre do violino, vocês encontrarão uma gama grande de definições: agudo, brilhante, estridente, aveludado, suave, morno, escuro, claro, encorpado, meloso, antigo, doce, equilibrado, maduro e a expressão "caixa acústica harmonizada em voz humana". 
Como ninguém em casa tem um laboratório acústico onde possam fisicamente fazer uma analise espectral do som. Sendo assim, a maneira como o definimos é através de comparação com outras sensações que trazem nossa memória auditiva. 
É um fator muito pessoal o interesse por um certo timbre. Creio que ao dizermos - o timbre desse instrumento é melhor - estamos julgando a partir de parâmetros pré-estabelecidos pelos nosso "gosto" auditivo. Pode ser que o mesmo timbre seja muito apreciado por outra pessoa. Envolve-se aqui também uma questão cultural.



domingo, 1 de julho de 2012

Música Celta

O termo música celta é muito controverso, pois os celtas como povo identificável não existem mais. Existem, sim, os povos em que a influência dos celtas é mais visível, como nas chamadas sete nações celtas: Escócia, Irlanda, Pais de Gales, Bretanha (região da França) , Galícia (Espanha) , Cornualha (Inglaterra) e a Ilha de Mann (Grâ Bretanha), assim como os países que sofreram influência desses povos, tais como EUA e Canadá (ao norte). Muitos confudem new age com a música celta, sendo que na verdade esses estilos não tem muito em comum tendo em vista que a música tradicional celta  é composta por danças tais como as reels, as jigas, valsas, marchas e outras que podem ser tocadas por violinos, acordeons, flautas, whistles, banjo, gaitas, etc. Além da música instrumental, há também uma gama de canções acompanhadas por esses instrumentos. 
Ao contrario do que muitos acreditam, a musica celta executada hoje em pubs e confraternizações data de século 2 até o presente. A associação com música medieval esta muito mais vinculada ao nosso inconsciente criado por filmes e histórias do que pelo conteúdo histórico. Há muito pouco registro da música celta antiga, sabendo-se que  a usavam para guerras e rituais religiosos descatando um dos instrumentos de registro histórico, a trompa celta.



Elementos e Características da Música Celta


O universo da música celta é amplo, indo desde a extrema melancolia até a  alegria e a euforia.
As diferentes regiões carregam diferenças culturais e por conseqüência musicais também, A Irlanda parece ter talvez, a mais "swingada" destas músicas, presente nela uma variedade rítmica exuberante.
As canções escocesas estão na grande maioria vinculada as bagpipes, assumindo um caráter de rítmica mais rígida e bastante rápida. Galícia, tem influencias ibéricas e latinas importantes, e a música Bretã apresenta-se um caráter modal e talvez seja a mais próxima da sonoridade medieval.
No aspecto rítmico a música celta se divide em Reels, Jigs, Polkas, Hornpipes, estes, rítmos mais alegres e contagiantes , sendo Airs, Valsa, Slip, Jigs, rítmos mais lentos e introspectivos. O formato dos temas é variável, sendo em sua grande maioria divididos em partes A e B mas existem temas 3 e até 4 partes; como no Chorinho, cada parte executada 2 vezes.
Como a maioria dos cancioneiros populares, este estilo também é a tradição oral, portanto, há uma gama de variações  para um mesmo tema, as partituras geralmente são encontradas em forma "Crua" abrindo espaço para improvisos e par, talvez a maior característica deste estilo, são as ornamentações.
Existem varios tipos de ornamentações, sendo as mais usadas, Triplets, Roll ons, half roll ons,notas pedais, glissanos e "grace notes". Essas ornamentações possuem várias funções, como divisão de notas, aumento de volume, e valor estético, e cabe ao músico decide qual ornamento usar em determinada frase.

Geralmente os violinos de orquestras tem que ser bem afinados, música limpa e tals, com o arco do violino bem esticadinho, ja na musica celta é o mesmo violino, só que não exige muito ficar o som tão limpo as vezes o som limpo estraga a música, por isso a crina do arco fica mais soltinha, e os ruidos do violino fazem parte da música, como em músicas e orquestras tem que passar o arco certinho retinho pra não fazer barulho, sempre com um som bem limpo, ja na música celta não.

Instrumentos


Uma das grandes características da música celta atual é sem dúvida a fusão de instrumentos folclóricos criando uma massa sonora sem igual e bastante peculiar . O grupo alem de utilizar instrumentos típicos da cultura celta também utiliza outros criando uma fusão diferente de timbres e rítmos nas composições.


- FIDDLE O violino é sem dúvida um dos instrumentos mais característicos, e na música celta assim como em grande parte dos estilos "folk" recebe nome de "FIDDLE".
 
                                                                                                 - BAGPIPES
Existem cerca de 180 tipos de fole pelo mundo, as bagpipes são talvez a marca registrada da música Irlandesa, Escocesa Galega e Bretã. Destacam-se as "Great Higland Bagpipes" na Escócia e as "Uillenn pipes" na Irlanda, "Biniou" bretão e a "Gaita" na Galícia.


- TIN WHISTLES
Pequena flauta tradicional irlandesa, também conhecida como "Pennu whitle"

- TENOR BANJO
Diferente do seu "primo" americano o "5 strings banjo", o banjo tenor é tocado com palheta e possui afinação em quintas como violin





- MANDOLIN
O mandolin, da familia dos bandolins possui diferentes tamanhos e formatos, instrumento que ganhou muita popularidade nos EUA no "blueglass".
O "Bouzouki" da familia dos mandolinas também é bastante usado no estilo.




- IRISH FLUTE
A flauta irlandesa tem timbre único, grave e bastante aveludado, diferindo bastante das "Tin whistles", mas como esta, também é um instrumento diatônico


- ACORDEOM
De teclas ou de botão o acordeom é um dos instrumentos mais ultilizados em toda música folk mundial. Na Irlanda ainda existem as "Concertinas" os "Box" semelhantes ao acordeom de botão.



               _ BODHRAN
                                                  Instrumento de percussão 
                                                                                irlandes.


- NYCKELHARPA
Instrumento de arco sueco, também conhecido como "Violino de chave".







                             - DIGERIDOO 
                             Instrumento de sopro de origem aborigene                                       

- CAJON
Instrumento de percussão espanhola.










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Partituras:





sexta-feira, 29 de junho de 2012

Como Evitar Lesões



Vai aqui algumas observações para se evitar LER e DORT (Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteo -Muscular Relacionado ao Trabalho).
Se quando estiver praticando algum estudo, música, concerto  no violino ou digitando ou fazendo qualquer outro trabalho repetitivo e sentir alguma dor, PARE IMEDIATAMENTE. Tem alguma coisa errada. Seja sempre honesto com seu Professor. Se tiver e-mail ou telefone ou sinal de fumaça, se comunique com ele explicando o que está acontecendo. É preferível, estudar pouco (SEM DOR) em uma semana, do que chegar lesionado para a próxima aula. 



Violinistas são notoriamente ruins em duas coisas: sentar corretamente e desconhecer seus limites. Cansamos de ouvir histórias sobre praticantes (músicos e esportistas) que o fazem por 6, 8, 10, ..., horas, sem intervalos ou reidratação, prática pura. Mito ou verdade? O fato é que, agora falando sobre a Prática do Músico, se praticar em demasia, sem os devidos descansos, poderá seriamente ferir-se antes mesmo de participar de uma orquestra. Este texto traz alguns pontos para evitar ferimentos.


1. Alongamento -  Não são somente atletas que precisam se alongar antes de praticarem seus esportes devido a prática corporal envolvida, ou seja, prática de corpo inteiro. Digamos, como exemplo, natação e tênis. Ao se preocupar especificamente com os braços, antebraços, punho e mãos e alongar por alguns minutos antes de cada prática, o(a) Violinista, pode obter resultados melhores e uma possibilidade mínima de problemas.
Por favor, preste a atenção nas informações que pode encontrar na Internet. Eu particularmente, consultei os Professores da Escola de Música Villa-Lobos RJ neste assunto.



2. Sentar-se em linha reta - coluna encaixada. Cada pessoa tem esse conhecimento, porém, poucas seguem. Principalmente quando se trata de estudar sozinho. Os Violinistas tem que criar sua boa postura automaticamente, sentando-se no meio ou na borda da cadeira e mantendo suas costas eretas. Não podemos inclinar ou relaxar, criando uma postura errada. Mantenha as pés em ângulo de aproximadamente 90º, ou seja, a perna direita vai ficar ligeiramente deslocada. Enquanto escrevo aqui, percebo o quanto estou desequilibrado e todo torto. Preciso prestar mais atenção nisso.


3. Use uma Espaleira - Alguns Violinistas preferem não usar uma porque eles não querem arranhar seus instrumentos ou porque acham-na demasiado volumosa. Hoje, o mercado traz modelos os mais variados possíveis e é praticamente impossível não encontrar uma que se adeque ao seu biotipo. Existe inclusive a possibilidade de criar uma Espaleira a partir de uma esponja. O fato é que a parte da coluna acima do ombro, a cervical, pode com a má postura causar Lordose.

4. Punho direito relaxado -  Não importa o quão difícil possa ser uma passagem da música, devemos tocá-la com o punho relaxado em combinação com o movimento de antebraço. E aqui vai uma sugestão, se movimentar seu cotovelo direito acima do pulso, tencionará a mão, causando desequilíbrio e dor no punho. Pratique mover seus punho e antebraço sem que o braço se mova. Outro exercício é com o Violino empunhado, colocar a mão esquerda no final do braço direito, parando qualquer movimento que uma arcada em corda solta, poderia fazer com que o cotovelo subisse do lugar.


5. Pressão do Arco - Vou fazer um desvio aqui. Pergunto eu, qual a pressão necessária para que friccione a corda e não saia som? E um mínimo de som? Qual a pressão máxima que consegue aplicar na corda sem que sinta que está forçando em demasia o conjunto, corda, arco, antebraço, punho e mão direita? Em que ponto da pressão aplicada se sente confortável? Uma pressão em demasia incentiva a tensão do pulso, podendo gerar dor nos dedos e no cotovelo. A quantidade de pressão exata é algo pessoal e intransferível.  Converse com seu Professor para maiores detalhes. Sem a presença física, jamais poderia dizer a qualquer um se está fraco, no ponto ou em excesso.

6. Encaixe perfeito do Violino no Pescoço e Ombro - Lembre-se que o instrumento está  sendo sustentado inteiramente pela força entre seu queixo e o ombro. Então, não há nenhuma razão para tentar prendê-lo com a garganta, levantando o ombro ou forçando a cabeça a deitar sobre a queixeira. Se não consegue, ainda, encaixar o Violino com naturalidade e relaxamento, sem que o segure com a mão esquerda, comece a praticar essa "empunhadura". A mão esquerda tem que ficar completamente dedicada a comprimir as cordas no Espelho. A ação dos dedos nas cordas será compensado com o polegar fazendo o "outro lado da pinça". Se dominar a técnica de empunhar o Violino confortavelmente e estiver usando como apoio o polegar esquerdo, não terá nenhum problema na 1ª Posição. Daí para a cima e que vai ficar complicado. Lembre-se que, cada parte do corpo tem sua função e sobrecarregando uma, talvez a princípio facilite. No decorrer do tempo, provavelmente será mais um vício a ser corrigido. Não esqueça, mão esquerda, 100% livre na execução de qualquer movimento.


7. Toque com a partitura ao nível do olho. Alguns Violinistas preferem olhar para baixo enquanto praticam, ajustando a estante da partitura fora do nível do olho. Por mais alto que seja seu biotipo, terá todos os ajustes próprios individuais. Diferente dos meus e assim sucessivamente. A tendência ao praticar sozinho é manter a estante realmente baixa o que faz com que a cabeça fica inclinada para baixo e saindo da posição naturalmente relaxada. Lembre-se novamente de encaixar toda a coluna. Toda ela, cervical, dorsal ou torácica, lombar e o cóccix. Alinhamento, conforto e equilíbrio.


8. Saiba suas limitações. 
Retorno ao seguinte, percepção corporal é acima de tudo sentir o movimento de forma fluída e precisa. Sentiu algo diferente, PARE, respire, tente refazer todos os passos dos movimentos efetuados. Use o desconfiômetro e principalmente o ouvido para avaliar o que está acontecendo, pois podemos praticar de forma errada centenas de vezes um movimento, até alguém chegar (Professor normalmente) e dizer: Está Errado! A relação tensão relaxamento pode ser usada por um período de tempo, não por vastos períodos. 45 minutos e pausa de 15, creio que para mim é o ideal.